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Rafaella Tuma, a nova estrela das redes sociais: 'Me senti como quem abre a porta e vê uma multidão'

Designer gráfica paulista conquista mais de 3 milhões de seguidores no Instagram e no TikTok com animações delicadas e minimalistas de passagens e diálogos que viram meme na internet 

Entrevista|Eduardo Marini, do R7

Rafaella conquistou seu oceano de seguidores em apenas 70 dias
Rafaella conquistou seu oceano de seguidores em apenas 70 dias Rafaella conquistou seu oceano de seguidores em apenas 70 dias

Ela é a mais nova queridinha das redes sociais. Em escassos 70 dias, a partir de meados de abril, a designer gráfica Rafaella Tuma, 33 anos, paulista de Ribeirão Preto, invadiu a internet como um tufão avassalador e conquistou mais de 3 milhões de seguidores no Instagram e no TikTok. Entre eles, famosos como Rodrigo Santoro, Marcos Mion e Tatá Werneck.

Com traços simples, minimalistas, e introdução de movimentos delicados, Rafaella cria filmes e ilustrações para memes e passagens em procedimento de decolagem na web. Os trabalhos misturam humor, doçura infantil, juventude, cenas do cotidiano e todos os outros temas campeões de audiência na rede.

Nesta conversa com o R7 ENTREVISTA, ela conta como planejou seu direcionamento profissional para as redes sociais e revela o espanto com a conquista de seu oceano particular de seguidores em tão pouco tempo. “Me senti como alguém que abre a porta de casa e se depara com uma multidão.” Acompanhe:

Conte ao público do R7 ENTREVISTA quem é Rafaella Tuma.

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Rafaella Tuma – Fiz graduação em design gráfico e acumulei uma certa formação em administração e marketing. Trabalhei para agências de publicidade, produtoras, filmes, sobretudo com animação e ilustração. Tive e administrei um estúdio. Estou nesse meio há doze anos. A partir de meados de abril último, passei a fazer esse mesmo trabalho, só que voltado para as redes sociais, como uma linguagem mais leve e geral, menos específica ou direcionada, e dentro de uma perspectiva mais criativa e autoral.

Somadas as contas do TikTok e do Instagram, você tem mais de 3 milhões de seguidores atualmente – e a coisa segue crescendo. Como tudo começou?

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A ideia começou a tomar minha cabeça há sete anos, quando disse para mim mesma que iria trabalhar com internet. Assumi e busquei isso. É claro que não há como prever ou sequer imaginar a dimensão do sucesso e da aceitação das pessoas, mas a tentativa de desenvolver um trabalho profissional nas redes sociais foi uma decisão pessoal, um projeto. Desde que decidi venho postando coisas, lançando cursos, testando ideias. Dia desses minha mãe, com a típica admiração materna, disse para mim: “Nossa, filha, você estourou do nada, de repente...”. Pensei comigo mesma: como assim do nada? Venho planejando e trabalhando isso há sete anos (risos). Tinha criado mais de 500 vídeos, um conteúdo volumoso desde que tomei a decisão.

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(RAFAELLA TUMA)

Especificamente esse modelo atual, em que você cria filmes e ilustrações para diálogos e passagens destacadas na internet, quando estourou?

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Exatamente em 17 de abril deste ano, no Domingo de Páscoa. Foi quando decidi mudar de público e adotar o formato atual. Produzia conteúdo voltado para artistas, com muita arte digital e coisas afins, um trabalho mais educacional, e resolvi mudar para o entretenimento. Passei a realizar trabalhos mais simples esteticamente, mas que atingem um número maior de pessoas. Fiz alguns testes. Um deles, chamado Eu O Conheci Preso, sobre casos de família, teve boa audiência no TikTok.

Foi aí que estourou?

Esse foi o primeiro alarme dessa coisa de viralizar que veio em seguida, mas o negócio pegou mesmo a partir do quarto trabalho. Na prática, esse primeiro chamou a atenção, abriu o caminho, mas os meus espaços nas redes sociais se fortaleceram mesmo a partir do quarto trabalho, quando as pessoas começaram a notar o conceito.

Me diverti muito com o filme do humorista Fábio Porchat e a socialite Narcisa Tamborindeguy...

(Risos) Também gosto muito desse. É um dos mais vistos. O da criancinha cantando o Hino Nacional, com todos aqueles erros de fala deliciosos da infância, também faz muito sucesso.

Quantos vídeos nesse formato você publicou de 17 de abril para cá?

Mais de 40.

Como você faz a seleção dos diálogos que receberão os filmes?

Brinco que estou parecendo um algoritmo do Google (risos). Acompanho os memes e coisas que estouram na internet. Me divirto como qualquer outro internauta, só que, além do prazer, incluo a dedicação e a disciplina de acompanhar aquilo com um olhar profissional, para garimpar o melhor.

Trabalhando em um evento: parte da nova rotina
Trabalhando em um evento: parte da nova rotina Trabalhando em um evento: parte da nova rotina

Lazer e trabalho.

Isso. Uma grande vantagem desse modelo é que as passagens e memes para os quais faço os filmes já estão fazendo sucesso na rede de alguma forma. Eles têm certo potencial de atrair as pessoas mesmo sem os filmes. Quando as duas coisas são unidas, esse poder se amplifica. Pego o que está dando certo e faço dar mais certo ainda. Agora, ocorreram também alguns casos em que eu mostrava um áudio a pessoas próximas e ouvia algo do tipo “esse não vai rolar”. Eu mesma desconfiava. Mas, quando o diálogo era incorporado ao filme, a peça final ganhava nova vida. Foi o caso, por exemplo, de um que fiz sobre uma batalha de rap que estava há tempos na internet, sem maiores repercussões, e estourou.

Quando a audiência decolou de vez%2C nas duas semanas em que passei de 300 mil para 1 milhão de seguidores%2C foi o período em que fiquei mais isolada%2C exatamente porque estava produzindo muito conteúdo para aproveitar o embalo

(RAFAELLA TUMA)

Você tem fãs ilustres, né?

Pois é... Quando a audiência decolou de vez, nas duas semanas em que passei de 300 mil para 1 milhão de seguidores, com as primeiras notas na imprensa e tal, foi o período em que fiquei mais isolada, exatamente porque estava produzindo muito conteúdo para aproveitar o embalo. Ao parar para conferir os seguidores, tomei um susto também com a quantidade de famosos. Marcos Mion, Rodrigo Santoro, Christina Rocha, Tatá Werneck, músicos de sucesso... Um monte de ilustres. E os não famosos, que me enchem de orgulho do mesmo jeito. Me senti como quem abre a porta de casa e encontra uma multidão. 

O público sugere coisas para você colocar em seus filmes?

Muito. Em torno de 200 sugestões por dia em média. Quando peço uma sugestão, normalmente com um tema definido – infância, música ou algo do tipo – aí chegam mais de 5.000. Aceito muitas dessas sugestões, até mesmo para abrir novos caminhos, testar novos temas, algo bom para ampliar o próprio público.

Você largou os trabalhos anteriores como designer gráfica?

Sim. Quando a coisa realmente embalou em termos profissionais, eu estava ligada a três projetos como prestadora de serviço. Passei os trabalhos para outras pessoas. Hoje estou dedicada exclusivamente a esse trabalho nas redes sociais. Meu marido também é designer gráfico. Nos formamos juntos. Atualmente ele trabalha comigo. Entrei recentemente para o time da Play9, um estúdio de formatos digitais fundado pelo jornalista João Pedro Paes Leme, o comunicador digital Felipe Neto e Marcus Vinícius Freire. A Play9 é responsável pelo meu relacionamento estratégico com marcas interessadas e propostas comerciais.

Quais serão seus próximos passos?

Pretendo seguir com esse conteúdo leve, para um público cada vez mais variado, e usar o formato para novos projetos. Desejo muito, por exemplo, fazer como clipes musicais e peças semelhantes. Como disse, sempre trabalhei com animação e ilustração, filmes publicitários, cinema, clipes. Adotei agora esse estilo simples e minimalista, que se adapta perfeitamente ao dinamismo da internet e das redes sociais e acabou por se tornar minha assinatura visual. Agora é ampliar as ações e torcer para que o público continue a me honrar com o seu prestígio.

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